sábado, 30 de janeiro de 2016

Títulos da Cosac-Naify só serão vendidos online no site da Amazon

A partir de hoje (30/01), todos os livros do catálogo da nossa saudosa Cosac-Naify só serão vendidos online no site Amazon. Obviamente, ainda encontraremos esses títulos em lojas físicas da Travessa, Cultura, Argumento e algumas outras livrarias. Mas o acordo fechado entre o site e a editora dará exclusividade para todos os livros disponíveis no estoque da Cosac, reimpressões do catálogo e lançamentos previstos até 2017, sejam disponibilizados na Amazon.com.br. Ou seja, nas livrarias só vamos achar o que já tinha mesmo.

Na página da Cosac-Naify na Amazon você vai encontrar os títulos dividos em diferentes categorias, como arte, música, cinema etc, conforme mostra-se na imagem abaixo:


Preciso dizer que estou me controlando MUITO para não comprar mais livros no momento (porque a minha lista de leitura já está enorme, haha!) e porque os títulos da Cosac são demais! Não deixe de dar uma conferida nos títulos disponíveis clicando aqui!



*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

RESENHA: Retorno ao Oriente

Título: Retorno ao Oriente
Autor: Lucas Viriato de Medeiros
Editora: 7Letras
Gênero: Descrições e Viagens/Poesia brasileira
Páginas: 130
Ano: 2008
Faixa de preço: R$24,00  - R$32,00
Avaliação pessoal: 5/5

Retorno ao Oriente é o “livro 2” de Memórias Indianas. Explico o porquê das aspas: este livro não é uma continuação propriamente dita do primeiro, pois não é uma leitura dependente do outro e tampouco foi uma obra planejada.  O autor, ao encontrar-se entediado em meio a uma viagem à Europa, resolveu colocar em ação o seu plano B e conseguir um visto de última hora para voltar à sua querida Índia, ou seja, retornar ao Oriente. E, para a felicidade dos leitores deste livro, ele conseguiu. Logo no prólogo da obra, nos diz:

“Prometi a mim mesmo que, se conseguisse colocar o plano em prática, escreveria um novo livro, uma espécie de continuação das Memórias Indianas, mas independente, pois esta seria uma outra viagem. Este livro surgiu assim, um pouco como pretexto, um pouco como desculpa ou contrapartida para a nova viagem.”

2. ESSAS LETRAS

“No que dependesse
do conceito de bacana indiano
entraria uma música agora
e essas letras todas
começariam a dançar.

No que dependesse
do conceito de sabor indiano
que vai misturando de tudo um pouco
essas letras arderiam tanto
que precisaríamos de óculos escuros

No que dependesse
do conceito de harmonia indiano
que torna a vida mais bonita
essas letras todas
teriam flores nas serifas.”

A meu ver, em relação ao livro anterior, esse livro apresenta maior maturidade. Sinto que, por ter sido “previamente planejado”, houve uma maior preocupação do autor em sua produção, ao observar ambientes, pessoas e cada detalhe daquela nova experiência. Isso se traduziu no momento de passar as ideias para o papel. A percepção do novo, que já não é mais completamente novo, foi positiva para lançar um olhar mais aguçado e uma maior apreensão às minuciosidades.

4. POR QUE BUZINAMOS

“Para pedir passagem
Para pontuar a viagem
Porque vamos ultrapassar
Para dar um simples “olá”
Para evitar acidentes
Para nos fazermos presentes
Porque estamos tristes
Porque estamos contentes
Buzinamos para que os outros saiam da frente”

Sinto que, em Retorno ao Oriente, o autor encontra-se mais à vontade com as palavras, porque também estava mais à vontade no local. As descrições são ainda mais simples, sem perder a beleza da poesia, o humor marca ainda mais a sua presença. Li uma grande brincadeira composta por palavras e rimas.
 
99. RUMINÂNCIAS

“Essas vacas de Mallapuram
São umas verdadeiras felizardas
Não existe lugar em que elas vão
Que não sejam muito bem abraçadas.

E o tempo caminha de um jeito manso
Virar esquinas, revirar o lixo.
No fim do dia há sempre o balanço:
Como é tranquila essa nossa vida.

Ser uma vaca em Mamallapuram
Para muitos bovinos é façanha
Tivessem elas nascido distante
Há muito que já seriam picanha.”

Aconselho a todos a leitura de Memórias Indianas e de Retorno ao Oriente. Deixem-se surpreender com os leves e prazerosos relatos de um país que se mostra fascinante e, por meio da leitura, muito mais perto de nós.

Essa poesia concreta linda me lembrou o poema "Xícara", de José Paulo Paes. <3

Sobre o autor:

Lucas Viriato de Medeiros é formado em Letras pela PUC-Rio, na habilitação de Formação do Escrito e é, desde 2006, editor do jornal literário Plástico Bolha. É autor de diversos outros livros, dentre eles Memórias Indianas (que também foi resenhado aqui na maratona) e Contos de Mary Blaigdfield, a mulher que não queria falar sobre o Kentucky – e outras histórias. Recebeu, em 2012, o prêmioAgente Jovem de Cultura, concedido pelo MinC.

Você encontra Memórias Indianas por um preço mais em conta nos sites Eba Livros e Cia dos Livros

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

RESENHA: O Mundo de Aisha

Título: O Mundo de Aisha – A revolução silenciosa das mulheres no Iêmen
Autora: Ugo Bertotti
Editora: Nemo
Gênero: Histórias em quadrinhos
Páginas: 144
Ano: 2015
Faixa de preço: R$ 24,00 - R$ 40,00
Avaliação pessoal: 5/5

Oi, gente! Antes da resenha em si, quero contar pra vocês duas coisas:

Primeiro, como este livro “chegou até mim”. Foi o seguinte, assim que eu finalizei a leitura de “Maus” (livro que eu achei excepcional, postarei uma resenha dele em breve por aqui), estava na Amazon buscando livros relacionados e eis que O Mundo de Aisha chegou até mim. Achei a sinopse super interessante (e o preço também estava super bom), então resolvi comprar para ler.

Sinopse:

Obrigadas a se casarem ainda meninas. Escravizadas, violentadas, por vezes assassinadas. Cobertas com o véu negro – o niqab – as mulheres do Iêmen parecem fantasmas. Contudo, pouco a pouco, com delicadeza, coragem e determinação, elas travam uma batalha corajosa por sua emancipação. Uma revolução silenciosa está em marcha para fazer valer seus direitos e sua liberdade. Aisha, Sabiha, Hamedda, Houssen e tantas outras: aqui estão algumas de suas histórias. Uma extraordinária reportagem em quadrinhos de Ugo Bertotti inspirada pelas imagens e pelas entrevistas da fotojornalista Agnes Montanari.

A segunda coisa da qual quero falar é sobre o Iêmen. Esse pequeno país que faz fronteira com a Arábia Saudita e com Omã e que muitos provavelmente nunca ouviram falar, sofre uma coalizão liderada pela Arábia e encontra-se em conflito desde abril do ano passado, o que faz com que o país viva um estado de grande miséria e destruição. Atualmente, cerca de 1,3 milhão de pessoas deixaram seus lares iemenitas para buscar refúgio na Somália, país africano considerado por eles mais seguro para viver.


À propósito, ontem saiu uma notícia sobre um míssil que atingiu a casa do juiz Yahia Mohamed Rabia, matando ele e mais sete integrantes de sua familia, em Sanaa (capital do Iêmen). =(

Feita essa pequena contextualização, vamos à resenha!

Acredito que as três palavras que melhor definem a minha experiência com esse livro são: maravilhosa, reveladora e devastadora. O Mundo de Aisha é bastante diferente de tudo o que eu já li – apesar de já ter lido outros livros que retratem o Oriente, esse me tocou de maneira especial, talvez devido à ilustração e à linguagem simples e direta. O título em questão é resultado do trabalho da fotojornalista e documentarista Agnes Montanari, que foi posteriormente transformado em quadrinhos por Ugo Bertotti. Ou seja, trata-se de uma reportagem em quadrinhos! O que eu, como estudante de Jornalismo, achei demais! Como já dito, a linguagem é simples, ágil e de fácil entendimento e os traços do autor são essenciais para nos levarem a viajar mentalmente até o Iêmen.
O livro é dividido em três histórias: primeiro a de Sabiha, menina que foi vendida em casamento com apenas 11 anos (sim, é isso mesmo que você acabou de ler...), fala essencialmente sobre os maus tratos que ela sofreu por parte de seu marido. Na minha opinião, essa foi a história mais devastadora de todas, vem logo no início, então já causa aquele choque (e dos fortes!) inicial.
Depois vem a história de Hamedda, uma senhora que, apesar de todos os preconceitos e dificuldades que sofreu em sua própria terra, teve a sorte (sim, no caso dessas mulheres a sorte também é um fator importante) de tornar-se uma empresária bem-sucedida. E, por fim, tem a história de Aisha e outras mulheres de seu mundo (Houssen, Ghada, Ouda e Fatin), que falam sobre as suas vidas, com temas que incluem: casamento forçado, divórcio, ciúmes, maus tratos, estado de miséria, uso do niqab (o véu negro que mulheres muçulmanas usam e deixa apenas os olhos de fora), relação com a religião etc.

Em um momento do livro, Aisha resolve maquiar os seus olhos (única parte do corpo que fica à mostra no niqab) e isso já é considerado um motivo suficiente para o seu namorado expressar seus ciúmes. Achei isso absurdo! E o pior: vocês acreditam que o simples fato de maquiar os olhos, quando se torna motivo de ciúmes por parte dos homens, já é mais que suficiente para justificar um possível espancamento? Graças a Alá, não é o que acontece com Aisha... Mas, infelizmente, espancamentos constantes costumam acontecer com muitas outras mulheres de seu mundo.

Ao ler sobre essas situações em O Mundo de Aisha, refleti: “Será que também não vivemos esse absurdo, mas de forma ‘mascarada’, aqui no Ocidente?” Cansamos de ver mulheres que trocam saias e shorts por calças para evitarem cantadas, que apanham do marido/noivo/namorado, que não têm as mesmas oportunidades e salários que os homens no mercado de trabalho, e por aí vai. Apesar do espanto inicial com a cultura Oriental, o livro me fez concluir que, no fundo, a vida das mulheres ocidentais ainda tem muita semelhança com a vida das mulheres do mundo de Aisha. No fim das contas, fica claro que vivemos todas em um mesmo mundo, afinal...

Sobre os autores:

Ugo Bertotti é designer gráfico e publica diversas histórias em quadrinhos nas revistas italianas Linus e Alter Alter. Também colabora com diversas outras revistas e, em 2012, publicou a reportagem Femmes Du Yémen,na Revue21.

Agnes Montanari é fotojornalista e os seus trabalhos fotográficos são voltados para retratar a vida no Oriente. Se você quiser saber mais sobre o trabalho dela, é só clicar aqui.

O Mundo de Aisha pode ser encontrado por um preço mais em conta na Amazon e na Submarino.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Terapia literária com Fabrício Carpinejar

Na próxima semana, de 26 a 28 de agosto, o jornalista e escritor Fabrício Carpinejar irá ministrar o curso "Terapia Literária: entender-se para escrever", no Instituto Ling, em Porto Alegre - RS. A oficina visa aguçar o olhar curioso para o cotidiano, desencadeando ideias e argumentos para a construção de narrativas originais. Cada um dos três encontros terá 3h de duração. Para mais informações, acesse o site do Instituto Ling ou o evento no Facebook.

Fonte: Divulgação

Fabrício Carpinejar é autor de diversas obras, dentre elas Espero alguém (2013), Me ajude a chorar (2014) e Para onde vai o amor? (2015); também mantém um blog no Globo Online e uma fanpage super ativa. Vale a pena conferir!

Bem que esse curso podia vir para o Rio de Janeiro também, não é mesmo?

*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.

domingo, 24 de janeiro de 2016

RESENHA: Memórias Indianas

Título: Memórias Indianas - Uma Viagem em 108 Fragmentos Poéticos
Autor: Lucas Viriato de Medeiros
Editora: Ibis Libris
Gênero: Descrições e Viagens/Poesia Brasileira
Páginas: 120
Ano: 2007
Faixa de preço: R$28,00 - R$30,00
Avaliação pessoal: 5/5

Em Memórias Indianas, Lucas Viriato descreve a sua experiência de viagem à Índia em 108 fragmentos poéticos. Ao retornar ao Brasil, após um mês que passou fora à convite de sua professora de yoga, a pergunta que mais ouvia era: “E, então, como é que é a Índia?”. Sem poder ser injusto o suficiente para ousar resumir aquele grandioso país em uma simples resposta para curiosos, Lucas resolveu reunir suas anotações de viagem e com elas escrever 108 fragmentos poéticos, dando origem a este livro.

Logo no prefácio, Lucas diz:

“Meu relato de viagem tanto não é a Índia, quanto um livro de fotos da Índia não é a Índia, um mapa da Índia não é a Índia, um documentário sobre a Índia não é a Índia.
(Será a Índia a Índia?)
Assim, este relato de viagem é, antes de mais nada, uma “viagem de linguagem”. Ele não pretende dar conta do todo, nem esconder seus artifícios. Assume-se uma invenção, uma brincadeira.”

E disso nos damos conta no decorrer da leitura. Embarquei nessa viagem de linguagem e me vi observando lugares dos quais eu antes nunca havia me dado conta. Tive vontade de poder viver o que foi descrito. Senti que descobri a Índia (pelo menos uma parte dela) e desejei ter uma viagem programada para lá. Agora, pretendo ter. Um dos fragmentos que muito me chamou a atenção foi este, logo no início do livro:

5. A ÍNDIA

                “A Índia é que nem quando a
gente fica sentado por muito tempo e
de repente se levanta – uma tontura
hipnótica que derruba quem não tem os
pés firmes no chão.”

Neste fragmento, assim como em todo o livro, a linguagem é simples, o relato é leve e o deslumbramento do leitor pela escrita e pelo local descrito é certo. Realmente, a Índia não me parece ser para qualquer um, ela precisa antes de tudo te fisgar. Assim como esse livro me fisgou.

77. BANGALORE

                “Pelas muitas ruas muitos carros
muitas motos cujos canos de descarga
fumavam pela gente.
                Muitas buzinas muitos barulhos
e quanto o trânsito engasgava muitos
olhos a me olhar.
                A Índia é muito.”

Há um olhar sem preconceitos e estereótipos, o eu-lírico funciona como um "antropólogo literário", descrevendo a Índia, os indianos, sua organização, interação social e cultura em forma de poemas e nos levando a quebrar quaisquer pré-conceitos que pudéssemos ter a respeito deste país.

19. CIDADEZINHA QUALQUER

“Tempos entre coqueiros
Mendicantes entre riquixás
Atar calor buzinar.

Um turista vai devagar
Um macaco vai devagar
Uma vaca vai devagar

Devagar... os sáris secam

Eta vida besta, meus deuses.”

Memórias Indianas é isso, uma experiência e um lugar tão grandiosos descritos de uma forma linda e sutil. Lucas Viriato revela ao leitor uma visão que lhe é peculiar através de um jogo de palavras intrínseco e natural e com clara diversão permeando os seus poemas.

20. A DANÇARINA INDIANA

“Os movimentos de Minu
no centro do salão
não cabiam nas palavras.

As palavras são paradas
não batem os pés no chão
não movem a cabeça para cá e para lá
não têm sinos nos tornozelos
nem uma bola vermelha nas mãos
nem brincos que balançam
nem uma gota no centro da testa
e nem a verdade de um só mudrá seu.

Onde vai a mão
vai o olhar, a alma devolvendo
a calma que a palavra nos roubou.”

Sobre o autor:

Lucas Viriato de Medeiros é formado em Letras pela PUC-Rio, na habilitação de Formação do Escrito e é, desde 2006, editor do jornal literário Plástico Bolha. É autor de diversos outros livros, dentre eles Retorno ao Oriente (que também será resenhado aqui na maratona) e Contos de Mary Blaigdfield, a mulher que não queria falar sobre o Kentucky – e outras histórias. Recebeu, em 2012, o prêmio Agente Jovem de Cultura, concedido pelo MinC.

Você encontra Memórias Indianas disponível para compra na Amazon, na Livraria Cultura e por um preço mais em conta na Estante Virtual.

Essa foi a primeira resenha da Maratona do Oriente, acompanhe o calendário para ver os próximos dias de postagens aqui e não deixe de fazer o seu comentário abaixo! =)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Concerto de poesia na Estação das Letras

Hoje (22/01), às 18h, a Estação das Letras vai realizar um concerto de poesia com o poeta Paulo Scott, autor de cinco livros do gênero, dentre eles o título Mesmo sem dinheiro comprei um esqueite novo - publicado em 2014 pela Companhia das Letras e vencedor do Prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) no mesmo ano.


A entrada é gratuita e a Estação das Letras fica na Rua Marquês de Abrantes, 177 - Lojas 107/108 - Flamengo - Rio de Janeiro/RJ. Para mais informações: (21) 3237-3947.

*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Divulgação dos livros da Maratona do Oriente!

E pra você que tanto esperou, finalmente saiu a divulgação dos livros integrantes da Maratona do Oriente! \o/

Eu à la Oriental, kkk.

Confira abaixo a lista dos livros que serão lidos em UMA SEMANA e terão as suas resenhas postadas aqui até o dia 2 de fevereiro (conforme cronograma divulgado no post anterior):

1. Memórias Indianas


Livro que conta as impressões do viajante Lucas Viriato sobre a Índia através de 108 fragmentos poéticos. Pode-se dizer que é um diário de viagem em forma de poesia. Achei inovador!

2. Retorno ao oriente


Retorno ao Oriente segue a mesma linha de Memórias Indianas, é o diário da segunda viagem de Lucas Viriato à Índia. Também em forma de poesia e com novas cidades no roteiro!

3. O Mundo de Aisha


Essa HQ conta a história de Aisha e outras mulheres que vivem no Iêmen e fala sobre as suas relações  com o niqab (o véu usado por algumas mulheres muçulmanas).

4. Persépolis


Também em forma de HQ, Persépolis é a autobiografia da iraniana Marjane Satrapi, que presenciou a repressão civil e os primeiros anos da guerra Irã-Iraque em seu país.

Dos títulos escolhidos, os dois primeiros são de poesia e os outros dois são HQs. Estou ansiosíssima para ler e resenhar! E também para saber o que vocês vão achar!

Curtiu a seleção dos livros? Já leu algum ou já tem algum desses na sua lista de desejados? Então comenta aqui!

Até breve!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Maratona do Oriente!

Oi, gente!

Hoje vim aqui para falar sobre uma novidade no blog (que já vem sendo anunciada nas redes sociais - na fanpage e no instagram): a Maratona do Oriente! \o/



Maratonas literárias funcionam para dar uma turbinada nas leituras. Neste caso, turbinarei a leitura de livros que falam sobre o Oriente e, é claro, postarei as resenhas com as minhas impressões aqui para vocês!

A Maratona do Oriente terá a duração de uma semana para a realização das leituras. A postagem de resenhas irá até o dia 2 de fevereiro e o seu cronograma será o seguinte:

Quinta-feira (21/01): Divulgação dos quatro livros integrantes da Maratona.
Domingo (24/01): Resenha do primeiro livro.
Terça-feira (26/01): Resenha do segundo livro.
Sexta-feira (29/01): Resenha do terceiro livo.
Terça-feira (2/02): Resenha do quarto livro.


Este post é a sua última chance de acertas quais são os livros integrantes da Maratona do Oriente! Tem um palpite? Então comenta aqui!

Comente também se tiver mais alguma sugestão de maratona para o blog! :)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Escritora inglesa lê um título de cada país em um ano

A escritora inglesa Ann Morgan, ao deparar-se com sua estante cheia de livros apenas britânicos e estadounidenses, resolveu lançar a si mesma um desafio: ler, no decorrer de um ano, um título oriundo de cada um dos países reconhecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Para esse desafio ser possível, Ann começou a pedir sugestões de obras para os seus leitores e pelo visto o resultado foi satisfatório, pois rendeu a ela uma participação no TED
Quem estiver curioso - assim como eu fiquei super, principalmente para saber o título do Brasil! - pode conferir aqui a lista dos títulos lidos por Ann.

Fonte: Divulgação

Ahh, e confira aqui o blog da autora! :)

Link da notícia original.

*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Sobre a minha última visita à livraria

Oi, gente! Hoje eu vim aqui pra falar da minha última visita à livraria. Estava de boas caminhando pelo shopping e resolvi dar uma olhada na livraria. Gosto de ficar passando o tempo procurando novos títulos para alongar ainda mais a minha listinha de leituras, hehe.

Bom, fiquei interessada em cinco títulos dessa vez, alguns eu já conhecia, outros não. Pesquisei um pouco sobre cada título e autor e vou falar de cada um aqui neste post.

#1 A Realidade Devia ser Proibida, de Maria Clara Drummond.


A trama deste livro trata da vida de Eva, garota da elite brasileira que vive submersa num mundo superficial. Eva está dividida entre dois pretendentes, e este é o mote da trama, que promete ser ágil e imprevisível, sem os já "consagrados" clichês de histórias de amor.
Apesar de histórias do tipo "Gossip Girl" não fazerem muito o meu gênero, acredito que esse livro promete surpreender. O que realmente me chamou atenção nesse caso (além da capa que achei linda), foi a contracapa escrita pela poeta Alice Sant'Anna (isso pra mim é algo tipo, "se ela indica, com toda a certeza é bom!"). Então entra pra lista!

#2 Amálgama, de Rubem Fonseca.


A obra chama-se "Amálgama" porque as personagens dos contos e crônicas (e também dos poemas! <3) são unidas pela tristeza, dor, ternura, amor, enfim, pelos seus sentimentos. E isso é o que o torna tão especial.
Sobre este livro posso dizer duas coisas. A primeira é que estou há tempos querendo ler Rubem Fonseca e ainda não o li! A segunda é que o livro foi vencedor do 56º Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas. Ou seja, preciso ler!

#3 Poder, estilo e ócio, de Joyce Pascowitch.


Pra quem ainda não conhece, Joyce Pascowitch é uma renomada jornalista e colunista social brasileira. Passou por veículos como Folha de S. Paulo, Época e Quem e hoje edita as suas próprias revistas (Joyce Pascowitch e Poder) e portais na internet (o Joyce Pascowitch e o Glamurama). O livro trata-se basicamente de uma biografia da Joyce, escrita por ela mesma e isso me chamou bastante a atenção. Além de, claro, querer saber um pouquinho mais sobre os bastidores da carreira da jornalista.

#4 O melhor de Caio Fernando Abreu - Contos e Crônicas


Este livro faz parte da coleção comemorativa de 50 anos da editora Nova Fronteira, "O melhor de". Lançada em 2015, ela reúne o melhor de diversos autores consagrados, como Mário de Andrade, Rubem Fonseca e, como já dito, Caio Fernando Abreu.
De uns tempos pra cá tenho me interessado mais por livros de contos e crônicas. Esse tipo de leitura é bom por ser fácil, rápida e ótima para ser intercalada com leituras mais extensas. Entra pra lista!

#5 Do Universo à Jabuticaba, de Rubem Alves.


Último da lista, mas não menos importante! Já andei namorando esse livro em estantes de livrarias váárias vezes! Do Universo à Jabuticaba reúne textos curtos e irreverentes do consagrado autor Rubem Alves, que tem a característica de tornar polêmico aquilo que nos é cotidiano. O autor também já foi vencedor do Prêmio Jabuti, então não dá pra esperar menos do que muito! Sem contar que essa capa nova está ma-ra-vi-lho-sa! Já tá na lista! (Achei o livro disponível para download através desse link aqui).

Enfim, são esses os cinco títulos que passam a integrar a minha lista dos desejados. Espero que tenham gostado e se interessado também! Se alguém aí já leu alguma das obras, diz aqui nos comentários o que achou!

Até breve! 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Livro "Garota no Trem" tem previsão para virar filme em 2016

Vocês já estão sabendo dessa novidade publicada no Instagram do Grupo Editorial Record? "A garota no trem" está previsto para virar filme em outubro deste ano e uma das personagens vai ser interpretada pela atriz Laura Prepon, de Orange is the new black. Ainda não li o livro, mas estou super interessada em ler! Ainda mais agora sabendo que vai virar filme...

Fonte: Divulgação

*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.

Nemo reforça seu time feminino

Vocês viram que a Editora Nemo (maravilhosa) vai apostar em mais publicações de autoras em 2016? Adorei issooooo! Assim a Nemo mostra o quanto as mulheres vêm produzindo quadrinhos de qualidade e conquistando um nicho que antes era quase que exclusividade dos homens. Aliás, o nicho tem sido conquistado também pelas leitoras, a quantidade de mulheres que leem quadrinhos aumentou muito nos últimos tempos, o que (a meu ver) aumenta consequentemente a quantidade de autoras. Esse é só mais um dos "capítulos" que mostra o quanto as mulheres são excelentes em tudo aquilo que se propõem a fazer!



P.s.: Amei essa ilustraaaaa! <3

Você encontra a notícia original aqui.


*Este post não é um publieditorial, a notícia foi selecionada de acordo com os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo Blog da Nanda Lisbôa.



sábado, 9 de janeiro de 2016

RESENHA: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul


Título: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Autora: Deborah Rodriguez
Editora: Quinta Essência - LeYa
Gênero: Literatura Americana/Ficção/Romance
Páginas: 304
Ano: 2015
Faixa de preço: R$ 22,00 - R$ 32,00
Avaliação pessoal: 4/5

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul conta a história da protagonista Sunny, norte-americana que migrou para o Afeganistão e abriu o seu próprio negócio por lá (a casa de chá). Ao longo da história, o enredo da protagonista se cruza com o de outras quatro importantes mulheres: Yazmina, Halajan, Isabel e Candace. Yazmina é uma jovem que foi roubada de seu vilarejo e acaba indo parar no Ministério da Mulher, onde Sunny a encontra e a leva para morar consigo e trabalhar na pequena casa de chá. Mas Yazmina tem um segredo, que irá crescer com o tempo, ela está grávida e apenas Sunny sabe disso. Halajan é uma senhora que mora no mesmo vilarejo que Sunny e possui uma história de amor antiga com um alfaiate da cidade. Porém essa história não pode ser vivida por conta de Ahmet, filho de Halajan e seguidor tradicional das leis do Alcorão. Isabel é jornalista da BBC Londres, foi para Cabul atrás de uma reportagem  sobre os planos de governo para pulverizar os campos de papoula (flor da qual é produzida o ópio). Já Candace foi para Cabul viver com o homem que amava e lá irá trabalhar para ele participando de diversas reuniões que visam angariar fundos para a escola que ele está fundando. Cada uma dessas diferentes mulheres, com diferentes histórias de vida, irão mostrar ao leitor a força de ser mulher em um país completamente machista e excludente.

Trecho da orelha do livro:

"Depois de passar por maus bocados e fazer algumas escolhas ruins, Sunny finalmente encontrou um lugar para chamar de lar. Um lugar que, por acaso, fica no meio de uma das maiores zonas de guerra do mundo. No coração do Afeganistão, Sunny abriu uma casa de chá, onde atende homens e mulheres, expatriados, funcionários da ONU ou mercenários. Todos em busca de um momento de paz em uma região onde a tensão é opressora e um ataque pode acontecer a qualquer momento. Essa pequena casa de chá em Cabul torna-se o cenário para o encontro de cinco mulheres que, mesmo tão diferentes entre si, compartilham segredos e tornam-se amigas com uma relação extraordinária. Deborah Rodrigues descreve com delicadeza e profundidade o dia a dia em Cabul neste romance repleto de personagens cativantes."

A história é ambientada meio à uma série de conflitos, mas não chega a envolver diretamente um (isso é tratado apenas como pano de fundo da narrativa). A meu ver, seria mais interessante se explorasse mais esse lado, por exemplo, falando mais das descobertas da jornalista Isabel nos campos de papoula. Achei que faltou um desfecho melhor para essa parte, que não foi tão explorada. Eu particularmente fiquei bastante interessada em ler mais sobre isso (mas por outro lado, essa sensação de falta nos instiga a buscar mais sobre o assunto por conta própria).

O livro retrata as mulheres como fortes, mas Sunny, Halajan e Candace, por exemplo, são muito ligadas à questão amorosa (o que não condeno, já que trata-se de um romance), só que com um nível um pouco elevado de "devoção" e isso me incomodou um pouco. Em contrapartida, Isabel preocupa-se mais com a sua carreira e Yazmina em salvar a sua irmã. Apesar do aspecto romântico, as personagens femininas são bem independentes e seguras de si e não vivem em função dos homens (até mesmo Halajan, que é muçulmana). Portanto, pode-se dizer que trata-se de um romance equilibrado e não meloso.

Por fim, pode-se destacar que uma das peculiaridades deste livro é a utilização de palavras em dari, uma das línguas oficiais do Afeganistão. O uso dessas palavras instiga o leitor a procurar a tradução (apesar do significado ser muitas vezes apreendido pelo contexto) e desperta o interesse pela cultura afegã.

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul é um livro que rompe preconceitos, o preconceito contra a mulher e, principalmente, o preconceito contra o Afeganistão, um país que é popularmente conhecido pelo terrorismo, mas que tem cultura própria e muitas pessoas de bem. Acredito que mostrar esse lado humano do país é um dos maiores ganhos do livro.

Sobre a autora:

Deborah Rodrigues é cabeleireira e palestrante motivacional. Assim como Sunny, ela também é americana e viveu em Cabul tendo o seu próprio negócio (em seu caso, os seus próprios negócios), a Cabul Coffee House e o Oasis Salon. Atualmente vive no México e fundou a Oasis Rescue, uma ONG que visa ensinar o ofício de cabeleireira às mulheres em regiões de desastre e pós-conflito. É autora também do best-seller O Salão de Beleza de Cabul: O Mundo Secreto das Mulheres Afegãs. Para saber mais sobre a autora, leia Americana que fundou escola debeleza no Afeganistão narra experiência em livro.

Você encontra Uma Pequena Casa de Chá em Cabul por um preço mais em conta nos seguintes sites:

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A ideia
Depois
A ação

Criar um blog
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Sobre livros
Minha paixão

Tardei a começar
Cheguei
Até mesmo
A hesitar

Mas agora inicio
Com rimas e palavras
Este blog
Ao qual pretendo
[me dedicar